domingo, 8 de junho de 2014
Razões
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Sobre desejos e escolhas
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Feridas e curas
assim como a maior parte
das nossas feridas
tem origem em nossos relacionamentos,
o mesmo acontece
com as curas,
e sei que quem olha de fora
não percebe essa bênção.
W.P.Young in "The Shack" - prefácio
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
A quem se machuca
"Quando se ama, tanto se teme enfrentar a possibilidade de dar certo, cheia de prisões e tentáculos, como o risco de não dar certo e ficar rompida uma harmonia que poderia ter funcionado.
Ambas as situações convivem em quem ama. Porque 'viver bem' não é dar certo. Dar certo é ser capaz de prosseguir apesar do desacerto: 'Viver mal' não é necessariamente dar errado. Dar errado é não poder prosseguir."
"A quem se machuca" - Artur da Távola in "Mevitevendo - Crônicas"
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Amor de passarinho
Outro dia o mencionei numa conversa com Otto Lara Resende, pelo telefone, justamente no instante do seu show matinal. Apesar de ter alma de passarinho, o Otto não acreditou em sua existência, preferindo concluir que eu já estivesse bebendo, àquela hora da manhã. (...)
Às vezes tenho a impressão de que tudo que ele faz é para atrair minha atenção e me distrair do trabalho, a dizer que deixe de me afligir com palavras e de me sentir incompleto como se me faltasse uma perna: passe a viver como ele, é tão fácil, basta sacudir as asas e sair voando pela janela...
Fernando Sabino in "A volta por cima"
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Pensamentos que reúnem um tema
Estou pensando nos que possuem a paz de não pensar,
Na tranqüilidade dos que esqueceram a memória
E nos que fortaleceram o espírito com um motivo de odiar.
Estou pensando nos que vivem a vida
Na previsão do impossível
E nos que esperam o céu
Quando suas almas habitam exiladas o vale intransponível.
Estou pensando nos pintores que já realizaram para as multidões
E nos poetas que correm indefinidamente
Em busca da lucidez dos que possam atingir
A festa dos sentidos nas simples emoções.
Estou pensando num olhar profundo
Que me revelou uma doce e estranha presença,
Estou pensando no pensamento das pedras das estradas sem fim
Pela qual pés de todas as raças, com todas as dores e alegrias
Não sentiram o seu mistério impenetrável,
Meu pensamento está nos corpos apodrecidos durante as batalhas
Sem a companhia de um silêncio e de uma oração,
Nas crianças abandonadas e cegas para a alegria de brincar,
Nas mulheres que correm mundo
Distribuindo o sexo desligadas do pensamento de amor,
Nos homens cujo sentimento de adeus
Se repete em todos os segundos de suas existências,
Nos que a velhice fez brotar em seus sentidos
A impiedade do raciocínio ou a inutilidade dos gestos.
Estou pensando um pensamento constante e doloroso
E uma lágrima de fogo desce pela minha face:
De que nada sou para o que fui criada
E como um número ficarei
Até que minha vida passe.
Adalgisa Nery in “Mundos Oscilantes – Poesias Completas”
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Poemas aos homens do nosso tempo
Tudo demora. E tudo é véspera e
nostalgia
Desse Agora, quando tu pensas que tudo
se demora.
E por isso, noviça, aos poucos conhecendo
Repouso e brevidade desta vida, do meu
ficar a sós
Pretendo apenas, fruir apesares e partidas
E júbilo também
Porque o instante consente essas
múltiplas medidas.
Noviça da minha hora. Os rios correndo,
o charco
Soterrando minúcias, quem sabe a minha
memória
Conivências, o ouro do meu canto, irmãos
Dionisio e Túlio. Os rios correndo. E todos
os poemas,
Fascinação de amantes e de amigos, os
caminhos de volta
Pretendendo.
Hilda Hilst in Júbilo Memória Noviciado da Paixão
segunda-feira, 28 de julho de 2008
O Direito ao Delírio
Que tal começarmos a exercer o direito de sonhar?
Que tal se delirarmos um pouquinho?
No próximo milênio, o ar estará limpo de todo veneno
O televisor deixará de ser
o membro mais importante da família
As pessoas trabalharão para viver,
em vez de viver para trabalhar.
Os economistas não chamarão
nível de vida o nível de consumo,
nem chamarão qualidade de vida
a quantidade de coisas.
Ninguém será considerado herói
ou tolo só porque faz aquilo que
acredita ser justo, em vez de fazer
aquilo que mais lhe convém.
A comida não será uma mercadoria,
nem a comunicação um
negócio, porque comida e comunicação
são direitos humanos.
A educação não será um privilégio
apenas de quem possa pagá-la.
A polícia não será a maldição daqueles
que não podem comprá-la.
A justiça e a liberdade, irmãs
siamesas condenadas a viverem separadas,
voltarão a juntar-se, bem unidas
ombro com ombro.
E os desertos do mundo e os desertos
da alma serão reflorestados.
EDUARDO GALEANO (tradução livre de Rodrigo Espinosa Cabral)
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Onde?
e a distância
onde me ocultar?
Entre o medo
e o multiapego
onde me atirar?
Entre a querência
e a clarausência
onde me morrer?
Entre a razão
e tal paixão
onde me cumprir?
Zila Mamede in Corpo a Corpo
domingo, 29 de junho de 2008
Eu escrevo porque...
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Texto extraído do programa "ÍNDICE CULTURA - Editoria Especial"
Produzido pela CULTURA FM
segunda-feira, 23 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Palavras cruéis?
Autoria atribuída a Winston Churchill