sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Poemas aos homens do nosso tempo

Tudo demora. E tudo é véspera e
nostalgia
Desse Agora, quando tu pensas que tudo
se demora.
E por isso, noviça, aos poucos conhecendo
Repouso e brevidade desta vida, do meu
ficar a sós
Pretendo apenas, fruir apesares e partidas

E júbilo também

Porque o instante consente essas
múltiplas medidas.
Noviça da minha hora. Os rios correndo,
o charco

Soterrando minúcias, quem sabe a minha
memória
Conivências, o ouro do meu canto, irmãos
Dionisio e Túlio. Os rios correndo. E todos
os poemas,
Fascinação de amantes e de amigos, os
caminhos de volta
Pretendendo.
Hilda Hilst in Júbilo Memória Noviciado da Paixão

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Como num sarau, quem chega vai sentando entre almofadas, sofás e banquinhos. Traz seu violão ou um petisco, declama a sua poesia, lê seu texto, ouve, e fala.
Vai, então. Agora é a tua vez...

 
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