Deus não é severo mais,
suas rugas, sua boca vincada
são marcas de expressão
de tanto sorrir para mim.
Me chama a audiências privadas,
me trata por Lucilinda,
só me proíbe coisas
visando o meu próprio bem.
Quando o passeio
é à borda de precipícios,
me dá sua mão enorme.
Eu não sou órfã mais não.
Adélia Prado in Poesia Reunida
Que lindo poema, este de Adélia Prado. Poeta que começou a publicar aos 40 anos de idade...
ResponderExcluirAdorei teu blog que exala poesia!
Pri Almeida
Oi, Pri!
ResponderExcluirAdélia é doçura e encanto!
E você é muito bem-vinda por aqui!